class: title-slide, center, middle background-image: url(fig/slide-title/LMFTCA.png), url(fig/slide-title/ufpa.png), url(fig/slide-title/capa.png) background-position: 90% 90%, 10% 90% background-size: 150px, 150px, cover
<!-- title-slide --> # .font120[Inventário Florestal <br> (FL03039 - EF)] ##
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Métodos de Amostragem
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<br> ᨒ ###### Área Fixa e Área Variável ##### 〰〰〰〰〰〰🌳〰〰〰〰〰〰 ##### ᨒ ##### .font120[**Prof. Dr. Deivison Venicio Souza**] ##### Universidade Federal do Pará (UFPA) ##### Faculdade de Engenharia Florestal ##### Laboratório de Manejo Florestal, Tecnologias e Comunidades Amazônicas ##### E-mail: deivisonvs@ufpa.br <br> ##### 1ª versão: 22/novembro/2021 <br> (Atualizado em: 27/junho/2025) <br> Altamira, Pará --- layout: true class: with-logo logo-ufpa <div class="my-header"></div> <div class="my-footer"><span>Prof. Dr. Deivison Venicio Souza (E-mail: deivisonvs@ufpa.br)      <div3>Inventário Florestal (FL03039 - EF)</div3>/ <div2>Métodos de Amostragem</div2> </div> --- ## 📚 Ementa da disciplina (FL03039 - EF) <br> .shadow4[ .font80[ 1 - Introdução aos Inventários Florestais; 2 - Amostragem em Inventários Florestais; 2.1 - Conceitos Básicos e Principais Estimadores; **2.2 - Métodos de Amostragem**; 2.3 - Amostragem Aleatória Simples - AAS; 2.4 - Amostragem Estratificada - AE; 2.5 - Amostragem Sistemática - AS; 2.6 - Amostragem em Dois Estágios - ADE; e 2.7 - Amostragem em Conglomerados - AG. 3 - Censo Florestal (Inventário Florestal 100%); 4 - Amostragem em Múltiplas Ocasiões; 5 - Inventário Florestal Nacional; e 6 - Planejamento e Custos de Inventários Florestais. <!--7 - Tecnologias Aplicadas em Inventários Florestais.--> ] ] --- ## 🎯 Objetivos <br><br> .font80[ Ao final desta aula espera-se que o discente seja capaz de... * Conhecer os principais método de amostragem aplicados em inventário florestais; * Compreender a diferença entre método de amostragem de área fixa e de área variável; * Compreender e aplicar o Fator de Proporcionalidade (FP) no método de área fixa; * Calcular estimativas de número de árvores, área basal e volume por hectare; e * Entender as vantagens e desvantagens do emprego do método de área fixa em inventários florestais por amostragem. ] --- ## 📙 Conteúdo <br> .pull-left-4[ .pull-top[ 👉 **Parte 1 - Método de Área Fixa** .font80[ [1 - Conceito e Tipos](#ct) [2 - Unidade de Amostra Circular](#uac) [3 - Unidade de Amostra Quadrada](#uaq) [4 - Unidade de Amostra Retangular](#uar) [5 - Fator de Proporcionalidade](#fp) [6 - Estimativas de Número de Árvores, Área Basal e Volume](#est) [7 - Vantagens e Desvantagens](#vd) [8 - Exemplo do Método de Área Fixa](#emaf) ] ] ] .pull-right-4[ 👉 **Parte 2 - Método de Área Variável** .font80[ [1 - Método de Bitterlich](#mb) [2 - Método da Linha Interceptadora](#mli) [3 - Método de Strand](#ms) [4 - Método de Prodan](#mp) ] ] <!-- Slide XX --> --- layout: false name: if class: inverse, middle, center background-image: url(fig/class0/sec.png) background-size: cover .font150[**Métodos de Amostragem <br> (Conceitos e Tipos)**] --- layout: true class: with-logo logo-ufpa <div class="my-header"></div> <div class="my-footer"><span>Prof. Dr. Deivison Venicio Souza (E-mail: deivisonvs@ufpa.br)      <div3>Inventário Florestal (FL03039 - EF)</div3>/ <div2>Métodos de Amostragem</div2> </div> --- name: ma ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Conceito - É a forma de .blue[abordagem da população florestal] referente a .blue[uma única unidade de amostra] (ou parcela). Ou seja, o tipo de unidade amostral a ser empregada no inventário florestal. ] --- name: ma ## 🌳 Métodos de Amostragem <img src="fig/class4/fluxo.jpg" width="60%" style="display: block; margin: auto;" /> --- layout: false name: if class: inverse, middle, center background-image: url(fig/class0/sec.png) background-size: cover .font150[**Métodos de Área Fixa**] --- layout: true class: with-logo logo-ufpa <div class="my-header"></div> <div class="my-footer"><span>Prof. Dr. Deivison Venicio Souza (E-mail: deivisonvs@ufpa.br)      <div3>Inventário Florestal (FL03039 - EF)</div3>/ <div2>Métodos de Amostragem</div2> </div> --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Área Fixa - .black[Características] .font90[ - A .blue[seleção] dos indivíduos é feita .blue[proporcional à área da Unidade de Amostra (UA)]; - O quantitativo da variável de interesse calculado para uma UA de área fixa é extrapolado para hectare (unidade de área), por meio de um fator denominado .blue[Fator de proporcionalidade - FP]. <br> **Obs.:** Essa extrapolação para hectare somente é necessária quando a UA tem dimensão diferente de 1 hectare. **Fonte**: Sanquetta et al. (2009) ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Área Fixa - .black[Forma e Tamanho de Parcelas] .font80[ - Existem diversos tipos de parcelas (unidades de amostras) que podem ser usadas em campo para realização de inventários florestais por amostragem. - Essas parcelas podem variar de forma e tamanho em função da condição de campo ou objetivo. - **Decisão:** é orientada pela .blue[maior praticidade e operacionalidade] de sua localização e demarcação em campo. ] ] <img src="fig/class4/formas.jpg" width="45%" style="display: block; margin: auto;" /> --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Área Fixa - .black[Parcelas Circulares] .font80[ - **Mais Usual**: em inventário amostral de .blue[plantações florestais]; - **Mais eficiente**: Dentre todas as formas de parcelas, admitindo-se a .blue[mesma área], é aquela que possui .blue[menor perímetro] e, por conseguinte, .blue[minimizam o problema de árvores marginais]; - **Raio da parcela**: O controle do raio é o aspecto mais importante; - **Tamanho**: Raios > 15 metros não são recomendáveis, pois são pouco operacionais e inviabilizam um IF eficiente. <br> 👉 **Tamanho Médio**: varia de 400 m<sup>2</sup> a 600 m<sup>2</sup> 👉 **Tamanho Máximo**: 700 m<sup>2</sup> <br> **Fonte**: Sanquetta et al. (2009) ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem <br> .pull-left-4[ <img src="fig/class4/circular.jpg" width="80%" style="display: block; margin: auto;" /> ] -- .pull-right-4[ .shadow3[ .center[ #### 👉 Unidade de Amostra Circular ] - **Área da parcela circular**: `$$A = \pi r^2 = \frac{\pi d^2}{4} (m^2~ou~ha)$$` .font80[ r = raio da parcela, em metros d = 2r (d = diâmetro da parcela, em metros) π = 3,14159 (constante infinita) <br><br> 1 hectare ➔ 10.000 m² ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem <br> .pull-left-4[ <img src="fig/class4/area.jpg" width="80%" style="display: block; margin: auto;" /> ] -- .pull-right-4[ .shadow3[ .center[ #### 👉 Unidade de Amostra Circular ] .font80[ - 🤔 **Qual a área da parcela, em m² e hectare, para os valores de raios diâmetros a seguir**: ✍ raio = 12,62m❓ -- A = π(12,62) 👉 .blue[A = **500,34** m²] (em metro quadrado) A = 500,34m²/10.000m² = .blue[A = **0,050034** ha] (em hectare) <br> ✍ raio = 13,82m❓ ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow3[ .font80[ ### Método de Área Fixa - .black[Parcelas Circulares] <br> 👉 **Como controlar o raio da parcela?** - As parcelas circulares requerem o controle preciso do raio para garantir a inclusão correta de árvores. - Alguns procedimentos têm sido empregados: <br> **1 – Uso de corda** **2 – Controladores automáticos de distância** (plot centers com transponder e Vertex III) <br> **Fonte**: Sanquetta et al. (2009) ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem <br> .pull-left-2[ .shadow3[ .font80[ ### Método de Área Fixa - .black[Parcelas Circulares] <br> 👉 **Critérios de inclusão de árvores?** - **Árvores marginais**: em parcelas circulares podem ocorrer árvores marginais. - Portanto, é importante definir um critério de inclusão de árvores marginais. ] ] ] <br> .pull-right-1[ <img src="fig/class4/marginais.jpg" width="100%" style="display: block; margin: auto;" /> <br> .font80[ **Fonte**: Sanquetta et al. 2009 ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Área Fixa - .black[Parcelas Quadradas] .font80[ - **Fácil instalação**: Maior facilidade de instalação (plantios com alinhamentos bem definidos); - **Parcelas Permanentes**: Usual em monitoramento da dinâmica de florestas naturais (Inventário Florestal Contínuo - IFC). <br> 👉 **Inventários pré-corte (Floresta Plantada)**: 400 m² (20 m x 20 m) a 900 m² (30 m x 30 m) 👉 **Florestas naturais**: 900 m² (30 m x 30 m) a 10.000 m² (100 m x 100 m). <br> **Obs.:** Em floresta plantadas é recomendável usar parcelas quadradas quando o espaçamento entre linhas e entrelinhas for quadrado. Por exemplo, espaçamento 3 m x 3 m. Do contrário, recomenda-se usar parcelas retangulares. <br> **Fonte**: Sanquetta et al. (2009; 2023) ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem <br> .pull-left-4[ <img src="fig/class4/AQ.jpg" width="80%" style="display: block; margin: auto;" /> ] -- .pull-right-4[ .shadow3[ .center[ #### 👉 Unidade de Amostra Quadrada ] - **Área da parcela quadrada**: `$$A = L^2 ~ (m^2~ou~ha)$$` .font80[ L = comprimento do lado do quadrado, em metros <br> 1 hectare ➔ 10.000 m² ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem <br> .pull-left-4[ <img src="fig/class4/AQCalc.jpg" width="80%" style="display: block; margin: auto;" /> ] -- .pull-right-4[ .shadow3[ .center[ #### 👉 Unidade de Amostra Quadrada ] .font80[ - 🤔 **Qual a área da parcela, em m² e hectare, admitindo os seguintes valores de lados de quadrados**: ✍ L = 50m❓ -- A = 50² 👉 .blue[A = **2.500** m²] (em metro quadrado) A = 2.500m²/10.000m² = .blue[A = **0,25** ha] (em hectare) <br> ✍ L = 100m❓ ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Área Fixa - .black[Parcelas Retangulares] .font80[ - **Florestas nativas**: Recomendada para situações de maior heterogeneidade da formação vegetal; - **Florestas plantadas**: Recomendada quando o espaçamento entre linhas e entrelinhas não for quadrado. Por exemplo, espaçamento 2 m x 3 m. <br> 👉 **Tamanho mais usual**: 2.500 m² (10 m x 250 m) 👉 **Tamanhos recomendados**: 1000 m² (10 m x 100 m ou 20 m x 50 m) a 10.000 m² (20 m x 500 m). <br> **Fonte**: Sanquetta et al. (2009; 2023) ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem <br> .pull-left-4[ <br> <img src="fig/class4/AR.jpg" width="90%" style="display: block; margin: auto;" /> ] -- .pull-right-4[ .shadow3[ .center[ #### 👉 Unidade de Amostra Retangular ] - **Área da parcela retangular**: `$$A = bh ~ (m^2~ou~ha)$$` .font80[ b = base do retângulo, em metros h = altura do retângulo, em metros <br> 1 hectare ➔ 10.000 m² ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem <br> .pull-left-4[ <br><br> <img src="fig/class4/ARCalc.jpg" width="90%" style="display: block; margin: auto;" /> ] -- .pull-right-4[ .shadow3[ .center[ #### 👉 Unidade de Amostra Retangular ] .font80[ - 🤔 **Qual a área da parcela, em m² e hectare, admitindo os seguintes valores de base e altura dos retângulos**: ✍ b = 50m e h = 20m❓ -- A = 50x20 👉 .blue[A = **1.000** m²] (em metro quadrado) A = 1.000m²/10.000m² = .blue[A = **0,1** ha] (em hectare) <br> ✍ b = 500m e h = 20m❓ ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Área Fixa - .black[Fator de Proporcionalidade] .font80[ - No método de área fixa, a variável de interesse é medida em parcelas amostrais com tamanho de área definido; - Por exemplo, se a variável de interesse é volume de madeira e a área da parcela é 1ha, então o volume será expresso em m³.ha<sup>-1</sup> (m³/ha); - No entanto, nem sempre são usadas parcelas de área igual a 1 hectare; - Por exemplo, se empregada uma parcela de 2500m², então volume calculado seria expresso em m³/2500m²; - Em inventários florestais é usual apresentar as estimativas dos parâmetros populacionais por hectare (número de árvores, área basal e volume por hectare); e - Portanto, pode-se fazer uma simples extrapolação usando um **Fator de Proporcionalidade - FP**. .pull-left-4[ <br> $$ \large `\begin{equation*} FP = \frac{A}{a} \end{equation*}` $$ ] .pull-right-4[ <br> **Em que:** `\(A\)` = Área de 1 hectare (10.000 m²) `\(a\)` = Área da unidade amostral (em m² ou ha) ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Área Fixa - .black[Fator de Proporcionalidade] ] .pull-left-4[ .font80[ <br> ✍ Calcule o FP para cada tamanho de parcela a seguir: | **Área da parcela (m²)** | **Fator de Proporcionalidade - FP** | |:------------------------:|:-----------------------------------:| | 100 | 100 | | 400 | ❓ | | 500 | ❓ | | 600 | ❓ | | 800 | ❓ | | 1000 | ❓ | | 2.500 | ❓ | | 10.000 | ❓ | ] ] -- .pull-right-4[ <br> **Exemplo**: $$ \large `\begin{equation*} FP = \frac{A}{a} = \frac{10.000~m²}{100~m²} = 100 \end{equation*}` $$ .center[**ou**] $$ \large `\begin{equation*} FP = \frac{A}{a} = \frac{1~ha}{0,01~ha} = 100 \end{equation*}` $$ ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Área Fixa - .black[Extrapolação das estimativas para hectare] .font80[ - Uma vez calculado o FP pode-se extrapolar as estimativas dos parâmetros populacionais para hectare (Péllico Netto; Brena, 1997; Sanquetta et al., 2009; 2023 ] ] .pull-left-4[ .font80[**Estimativa do número de árvores por hectare (N):**] $$ \large `\begin{equation*} N = m.FP \end{equation*}` $$ .font80[**Estimativa da área basal por hectare (G):**] $$ \large `\begin{equation*} G = \sum_{i}^{m}g_i.FP \end{equation*}` $$ ] .pull-right-4[ .font80[**Estimativa do volume por hectare (V):**] $$ \large `\begin{equation*} V = \sum_{i}^{m}v_i.FP \end{equation*}` $$ .font80[ Em que: `\(m\)` = nº de árvores incluídas na UA `\(g_i\)` = área transversal da `\(i\)`-ésima árvore da UA `\(v_i\)` = volume da `\(i\)`-ésima árvore da UA ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Área Fixa - .black[Fator de Proporcionalidade] .font80[ - 👉 **Vamos praticar**: Suponha que uma unidade de amostra de tamanho 20 m x 20 m (400 m²) foi instalada em um povoamento plantado de *Tectona gradis* (espaçamento 3,5 m x 3,5 m), implantado com objetivo de produzir madeira serrada. Foram medidas as circunferências a 1,30m do solo e altura de cada árvore (n = 36). ] ] -- .pull-left-10[ <img src="fig/class4/exer.jpg" width="60%" style="display: block; margin: auto;" /> ] .pull-right-10[ .shadow3[ .font80[ **Então, pede-se:** - Converter as circuferências das árvores para diâmetro. - Calcular as áreas transversais (gi) de cada árvore. - Calcular o volume individual (vi) de cada árvore. - Calcular a área basal da parcela (m²/400m²). - Calcular o volume da parcela (m²/400m²). - Calcular o número de árvores por hectare. - Calcular a área basal por hectare. - Calcular o volume por hectare. ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .pull-left-1[ <img src="fig/class4/tab.jpg" width="40%" style="display: block; margin: auto auto auto 0;" /> ] -- .pull-right-2[ .font80[ **Fórmulas úteis:** .pull-left-11[ 👉 **Conversão circunferência para diâmetro:** $$ \normalsize `\begin{equation*} d = \frac{c}{\pi} \end{equation*}` $$ 👉 **Área Transversal (m²):** $$ \normalsize `\begin{equation*} g_i = \frac{\pi d^2}{40000} \end{equation*}` $$ 👉 **Volume da árvore em pé:** $$ \normalsize `\begin{equation*} v_i = g_i.h.0,7 \end{equation*}` $$ 👉 **Fator de Proporcionalidade:** $$ \normalsize `\begin{equation*} FP = \frac{A}{a} \end{equation*}` $$ ] .pull-right-11[ 👉 **Número de árvores por hectare (árvore/ha):** $$ \normalsize `\begin{equation*} N = m.FP \end{equation*}` $$ 👉 **Área Basal por hectare (m²/ha):** $$ \normalsize `\begin{equation*} G = \sum_{i}^{m}g_i.FP \end{equation*}` $$ 👉 **Volume por hectare (m³/ha):** $$ \normalsize `\begin{equation*} V = \sum_{i}^{m}v_i.FP \end{equation*}` $$ ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .pull-left-4[ <img src="fig/class4/calc1.jpg" width="80%" style="display: block; margin: auto auto auto 0;" /> ] -- .pull-right-4[ .font80[ **Exemplo de cálculo:** <br> 👉 **Conversão circunferência para diâmetro (cm):** $$ \normalsize `\begin{equation*} d = \frac{c}{\pi} = \frac{95,98}{\pi} = \color{blue}{30,55}~\color{magenta}{cm} \end{equation*}` $$ 👉 **Área Transversal (m²):** $$ \normalsize `\begin{equation*} g_i = \frac{\pi d^2}{40000} = \frac{\pi (30,55^2)}{40000} = \color{blue}{0,0733}~\color{magenta}{m²} \end{equation*}` $$ 👉 **Volume da árvore em pé (m³):** $$ \normalsize `\begin{equation*} v_i = g_i.h.0,7 = 0,0733.(11,30).0,7 = \color{blue}{0,5798}~\color{magenta}{m³} \end{equation*}` $$ <br> .center[.blue[**Faça os cálculos para as demais árvores!**]] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .pull-left-4[ <img src="fig/class4/allcalc.jpg" width="80%" style="display: block; margin: auto auto auto 0;" /> ] -- .pull-right-4[ .font80[ **Exemplo de cálculo:** <br> 👉 **Área Basal da parcela (m²/400 m²):** $$ \normalsize `\begin{equation*} G = \sum_{i}^{m}g_i = 0,0733 + ... + 0,0621 = \color{blue}{2,3590}~\color{magenta}{m²/400~m²} \end{equation*}` $$ 👉 **Volume da parcela (m³/400 m²):** $$ \normalsize `\begin{equation*} V = \sum_{i}^{m}v_i = 0,5798 + ... + 0,4692 = \color{blue}{17,6849}~\color{magenta}{m³/400~m²} \end{equation*}` $$ <br> .center[.red[**Atenção**]
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: .blue[a Área Basal e o Volume calculados estão em função da área da parcela, isto é, 400 m². Portanto, precisamos extrapolar para hectare!]] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Área Fixa - .black[Extrapolação das estimativas para hectare] ] <br> .pull-left-4[ 👉 .font80[**Fator de Proporcionalidade - FP:**] $$ \normalsize `\begin{equation*} FP = \frac{A}{a} = \frac{10.000~m²}{400~m²} = \color{blue}{25} \end{equation*}` $$ 👉 .font80[**Estimativa do número de árvores por hectare (N):**] $$ \normalsize `\begin{equation*} N = m.FP = 36.(25) = \color{blue}{900}~\color{magenta}{árvores.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ 👉 .font80[**Estimativa da área basal por hectare (G):**] $$ \normalsize `\begin{equation*} G = \sum_{i}^{m}g_i.FP = 2,3590.(25) = \color{blue}{58,98}~\color{magenta}{m².ha^{-1}} \end{equation*}` $$ ] .pull-right-4[ 👉 .font80[**Estimativa do volume por hectare (V):**] $$ \normalsize `\begin{equation*} V = \sum_{i}^{m}v_i.FP = 17,6849.(25) = \color{blue}{442,12}~\color{magenta}{m³.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ .font80[ Em que: `\(m\)` = nº de árvores incluídas na UA `\(g_i\)` = área transversal da `\(i\)`-ésima árvore da UA `\(v_i\)` = volume da `\(i\)`-ésima árvore da UA ] ] --- layout: false name: if class: inverse, middle, center background-image: url(fig/class0/sec.png) background-size: cover .font150[**Métodos de Área Variável** <br> (Bitterlich e Linha Interceptadora)] --- layout: true class: with-logo logo-ufpa <div class="my-header"></div> <div class="my-footer"><span>Prof. Dr. Deivison Venicio Souza (E-mail: deivisonvs@ufpa.br)      <div3>Inventário Florestal (FL03039 - EF)</div3>/ <div2>Métodos de Amostragem</div2> </div> --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .pull-left-3[ .shadow1[ ### Método de Bitterlich - .black[Walter Bitterlich] .font80[ - **Walter Bitterlich**: Engenheiro Florestal Austríaco. - **Relascopia**: .blue[Rela] (Latim) = **Contagem** e .blue[Skopein] (Grego) = **Olhar** - **Sinonímias**: 👉 Estação ou Prova de Numeração Angular (PNA); 👉 Ponto de Amostragem Horizontal; 👉 Amostragem por Contagem Angular (ACS); e 👉 Amostragem de Raio Variável; - **Relascópio de Espelho de Bitterlich (REB)**: instrumento multifuncional criado por Walter Bitterlich em 1947. 👉 **Ideia original**: estimar área basal por hectare de forma rápida. 👉 **Outras variáveis**: altura, número de árvores e volume por hectare. ] ] ] .pull-right-3[ <br> <img src="fig/class4/WB.jpg" width="100%" style="display: block; margin: auto;" /> .font80[**Walter Bitterlich (1908-2008)**] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Postulado de Bitterlich] O número de árvores (m) contadas em um giro de 360°, cujos diâmetros à 1,30 m do solo, observados a partir de um ponto fixo (centro da parcela) na floresta, que apareçam superiores a um dado ângulo constante de projeção (K) são proporcionais à Área Basal (G) por hectare. ] ] <br> .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Na prática...] Na prática, um observado usando o Relascópio de Espelho de Bitterlich (REB) se posiciona em um ponto na floresta (amostragem por pontos), e durante um giro de 360° conta todas as árvores com diâmetro à 1,30 m do solo superior a um ângulo constante. Em caso de árvores duvidosa (ausência de certeza se o diâmetro da árvore é maior ou menor que o ângulo de projeção) pode-se considerar como meia árvore ou determinar por meio de cálculos se árvore deve ser contada ou não na unidade amostral. ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Relascópio de Espelho de Bitterlich] ] ] .pull-left-4[ <br> <img src="fig/class4/reb.jpg" width="100%" style="display: block; margin: auto;" /> ] .pull-right-4[ .shadow3[ .font80[ #### .center[.black[**Características Externas**]] A) Ocular de pontaria (mira); B) Objetiva; C) Placa metálica p/ sombreamento (viseira); D) Janelas de iluminação; E) Botão liberador/fixador do pêndulo; F) Orifício com rosca (acoplar um tripé); G) Dois orifícios laterais (transporte ao peito); e H) Cordão p/ transporte ao peito. ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Relascópio de Espelho de Bitterlich] ] ] .pull-left-4[ <br> .shadow3[ .font80[ - **Campo de visão circular**: 👉 A) **Semicírculo superior**: Paisagem 👉 B) **Semicírculo inferior**: Escalas 👉 C) **Linha Diretriz de Avaliação** ] ] ] .pull-right-4[ <img src="fig/class4/visao.jpg" width="100%" style="display: block; margin: auto;" /> ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Relascópio de Espelho de Bitterlich] - **Escalas do REB**: O REB possui 3 tipos de escalas: Numeração, Distâncias Horizontais e Hipsométrica. ] ] .pull-left-8[ <br> .shadow3[ .font80[ - **Escalas de Numeração**: 👉 Principais escalas do REB; 👉 Usadas para estimar a Área Basal (m².ha<sup>-1</sup>); 👉 Medir diâmetro em diferentes alturas; e 👉 O REB possui 9 opções de FAB. ] ] ] -- .pull-left-8[ <br> .shadow3[ .font80[ - **Distâncias Horizontais**: 👉 Medir distâncias horizontais (15, 20, 25 e 30 m); 👉 Auxilia na obtenção de outras variáveis: i) medição de diâmetros a diferentes alturas; e ii) medição de qualquer tipo de altura. ] ] ] -- .pull-left-8[ <br> .shadow3[ .font80[ - **Hipsométrica**: 👉 Medir altura sob diferentes distâncias horizontais (20, 25 e 30 m). ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Fator de Área Basal - FAB] - **Definição**: É uma constante que relaciona o número de árvores contadas em um giro de 360° com a Área Basal por hectare. - **Exemplo**: 👉 Se FAB = 1, cada árvore qualificada na unidade amostral assume valor de 1 m².ha<sup>-1</sup>. 👉 Se FAB = 2, cada árvore qualificada na unidade amostral assume valor de 2 m².ha<sup>-1</sup>. ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Relascópio de Espelho de Bitterlich] - **Bandas e combinações de bandas**: o REB dispõe de 9 opções de FABs estimar a Área Basal (m².ha<sup>-1</sup>). ] ] .font80[ | *Banda* | *l/L (d/R)* | *K* (FAB) | |:-------------------------------:|:----------------:|:----------------:| | 1e | 1/200 | 1/16 | | 2e | 2/200 | 1/4 | | 3e | 3/200 | 9/16 | | Banda 1 | 1/50 | 1 | | Banda 1 + 1e | 5/200 | 25/16 | | Banda 2 | √2/50 | 2 | | Banda 1 + 2e | 6/200 | 9/4 | | Banda 1 + 3e | 7/200 | 49/16 | | Banda 4 (Banda 1 + 4e) | 1/25 | 4 | .center[**e: estreita**] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Relascópio de Espelho de Bitterlich] ] ] .pull-left-4[ <br> .shadow3[ .font70[ 👉 1) Escala hipsométricas p/ 20m de distância horizontal; 👉 2) Escala de numeração: Banda 1; 👉 3) Escalas de numeração: 4 bandas estreitas; 👉 4) Escala hipsométricas p/ 25m de distância horizontal; 👉 5) Escala hipsométricas p/ 30m de distância horizontal 👉 6) Escala de numeração: Banda 2; e 👉 7) Escalas de distâncias horizontais fixas de 30, 25, 20 e 15m. ] ] ] .pull-right-4[ <div class="figure" style="text-align: center"> <img src="fig/class4/escala.jpg" alt="Escalas do REB no plano horizontal" width="50%" /> <p class="caption">Escalas do REB no plano horizontal</p> </div> ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Relascópio de Espelho de Bitterlich] - **Qual FAB escolher?**: A escolha dependerá (MACHADO; FIGUEIREDO FILHO, 2009; CAMPOS; LEITE, 2009): 👉 Homogeneidade do povoamento; 👉 Densidade da floresta; 👉 Topografia do local; e 👉 Humano: Acuidade visual. ] ] <br> .font80[ **Povoamento mais heterogêneos:** 👉 Requer < FAB (> distância crítica → > representatividade) **Povoamento mais denso e acidentado** 👉 Requer > FAB (< distância crítica → < probabilidade de superposição dos fustes) ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Relascópio de Espelho de Bitterlich] - O FAB escolhido deve contemplar um número mínimo adequado de árvores “qualificadas” por estação de leitura, com fins de diminuir a variância da variável observada e, ainda, evitar superposição de árvores durante as leituras de campo (Campos e Leite, 2009). ] ] <br> .font80[ 👉 Campos e Leite (2009) → 8 a 15 árvores por estação de leitura (ponto amostral) 👉 Machado e Figueiredo Filho (2009) → 20 a 30 árvores por estação de leitura (ponto amostral) 👉 Sanquetta et al. (2023) → 15 a 20 árvores por estação de leitura (ponto amostral) ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Qualificação de árvores na unidade amostral] - Ao realizar um giro de 360° usando um REB 3 situações podem ocorrer: 👉 **1ª Situação**: O diâmetro da árvore **<** ângulo projetado (FAB). (.red[**Árvore não qualificada**]) 👉 **2ª Situação**: O diâmetro da árvore **=** ângulo projetado (FAB). (.orange[**Árvore duvidosa**]) 👉 **3ª Situação**: O diâmetro da árvore **>** ângulo projetado (FAB). (.green[**Árvore qualificada**]) ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Qualificação de árvores na unidade amostral] ] ] <br> .pull-left-4[ <img src="fig/class4/duv1.jpg" width="75%" style="display: block; margin: auto;" /> ] -- .pull-right-4[ <img src="fig/class4/duv2.jpg" width="80%" style="display: block; margin: auto;" /> ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Qualificação de árvores na unidade amostral] ] ] .pull-left-4[ <br><br><br><br><br> .center[**Visada usando a banda 2** 👉] ] .pull-right-4[ <img src="fig/class4/visada.jpg" width="100%" style="display: block; margin: auto;" /> ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Qualificação de árvores na unidade amostral] - **Árvores Duvidosas**: Como definir se devem ser qualificadas (contadas) ou não na unidade amostral? - **Existem duas abordagens**: 👉 **1ª abordagem**: Contar como meias árvores. Ou seja, as árvores duvidosas terão suas medidas (gi, vi) divididas por 2 (PÉLLICO NETTO; BRENA, 1997). 👉 **2ª abordagem**: Matematicamente. Em campo, mede-se a distância da árvore duvidosa até ponto central da unidade amostral (distância radial de campo). Essa medida é comparada com a distância radial teórica (Ri) calculada para a árvore duvidosa. **Decisão** 👉 R medido > R calculado (**Não Qualificada**) 👉 R medido ≤ R calculado (**Qualificada**) $$ \small `\begin{equation*} FAB = 2500\left(\frac{d_i}{R_i}\right)^2 \Longrightarrow R_i = \frac{50d_i}{\sqrt{FAB}} \end{equation*}` $$ ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Procedimento de campo] ✔️ **.blue[Estimar a Área Basal por hectare:]** - **Material**: Relascópio de Espelho de Bitterlich (REB), Prancheta, ficha de campo, lápis, trena, Baliza de 1,30 m. - **Equipe de campo** (3 pessoas): 👉 Operador do REB; 👉 Auxiliar do Operador (baliza de 1,30m; medição de diâmetro e distância radial); e 👉 Anotador. <br> ✔️ **.blue[Estimar número de árvores e volume por hectare:]** 👉 Deve-se medir os diâmetros e alturas das árvores na unidade amostral. ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Procedimento de campo] ✔️ **1º Passo**: Definir um FAB, atendo-se para as caracteristicas do povoamento e terreno; ✔️ **2º Passo**: Aleatorizar um ponto amostral no povoamento florestal; ✔️ **3º Passo**: A partir desse ponto amostral, o operador deverá segurar o REB na posição vertical e fazer visadas no fuste da árvore, na altura de 1,30 m do solo. Nesse momento, o operador deve comparar largura do fuste com a largura da banda escolhida, e definir se a árvore será qualificada, não qualificada ou duvidosa. Fazer esse procedimento até executar um giro de 360°; e ✔️ **4º Passo**: Se houver interesse em estimar o número de árvores e volume por hectare, será necessário também medir os diâmetros e alturas das árvores na unidade amostral. ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Bitterlich - .black[Sanquetta et al. (2023) - pg. 90] .font80[ - 👉 **Vamos praticar**: Na tabela a seguir estão os dados de um inventário usando o método de Bitterlich (*Pinus taeda*). Trata-se apenas de um ponto amostral (estação de leitura) usando Fator de Área Basal (FAB) = 2. ] ] -- .pull-left-10[ <br> <img src="fig/class4/tab_bitt.jpg" width="100%" style="display: block; margin: auto;" /> ] .pull-right-10[ <br> .shadow3[ .font80[ **Então, pergunta-se:** - 1) Quais árvores duvidosas devem ser contadas (ou descartadas) na unidade amostral? - 2) Qual a estimativa da Área Basal (G) por hectare? - 3) Qual a estimativa do número de árvores (N) por hectare? - 4) Qual a estimativa do volume (V) por hectare? ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Bitterlich - .black[Sanquetta et al. (2023) - pg. 90] ] .pull-left-4[ <img src="fig/class4/bitt.jpg" width="70%" style="display: block; margin: auto auto auto 0;" /> ] .pull-right-4[ <br> <img src="fig/class4/tab_bitt.jpg" width="100%" style="display: block; margin: auto;" /> ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Bitterlich - .black[Árvores Duvidosas] ] .pull-right-4[ .font80[ - **Decisão:** 👉 `\(R\)` campo > `\(R_i\)` (Árvore Não Qualificada) 👉 `\(R\)` campo ≤ `\(R_i\)` (Árvore Qualificada) <br> **Em que:** `\(R_i\)` = Distância radial calculada para i-ésima árvore duvidosa. `\(d_i\)` = diâmetro a 1,30 m do solo da i-ésima árvore duvidosa. `\(FAB\)` = Fator de Área Basal. <br> ] ] -- .pull-left-10[ .font80[**Distância radial calculada (Ri) - Árvore 3:**] $$ \small `\begin{equation*} R_i = \frac{50d_i}{\sqrt{FAB}} = \frac{50(0,4599)}{\sqrt{2}} = \textbf{16,26}~m ~ \color{green}{(Qualificada)} \end{equation*}` $$ .font80[**Distância radial calculada (Ri) - Árvore 5:**] $$ \small `\begin{equation*} R_i = \frac{50d_i}{\sqrt{FAB}} = \frac{50(0,2897)}{\sqrt{2}} = 10,24~m ~ \color{green}{(Qualificada)} \end{equation*}` $$ .font80[**Distância radial calculada (Ri) - Árvore 8:**] $$ \small `\begin{equation*} R_i = \frac{50d_i}{\sqrt{FAB}} = \frac{50(0,4615)}{\sqrt{2}} = \textbf{16,32}~m ~ \color{red}{(Não~Qualificada)} \end{equation*}` $$ .font80[**Portanto, a árvore 8 não deve ser contada na UA.**] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Bitterlich - .black[Estimativa da Área Basal por hectare] - Basta multiplicar o número de árvores contadas na unidade amostral (**desconsiderar a árvore 8, pois não foi qualificada**) pelo FAB usado (nesse caso, igual a 2). ] <br> .font80[**Estimativa da Área Basal por hectare:** $$ \Large `\begin{equation*} G = m.FAB = 9.(2) = \textbf{18}~\color{magenta}{m².ha^{-1}} \end{equation*}` $$ <br> **Em que:** `\(m\)` = Número de árvores contadas na unidade amostral (giro de 360°). `\(FAB\)` = Fator de Área Basal. ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ .font80[ ### Método de Bitterlich - .black[Estimativa do Número de Árvores por hectare] - Basta multiplicar o FAB pelo somatório do inverso das áreas transversais de cada árvore qualificada na unidade amostral. ] ] .pull-left-10[ .font80[**Estimativa do Número de Árvores por hectare** $$ \small `\begin{equation*} N = \sum_{i=1}^{m}N_i = FAB\sum_{i=1}^{m}\left(\frac{1}{g_i}\right) = 2\left(\frac{1}{0,0703}+...+\frac{1}{0,1650}\right)= \\~\\ N = 145,99 \cong \textbf{146}~\color{magenta}{árvores.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ <br> **Em que:** `\(g_i\)` = Área transversal de cada árvore na unidade amostral, em m². `\(FAB\)` = Fator de Área Basal. ] ] -- .pull-right-4[ <img src="fig/class4/N.jpg" width="100%" style="display: block; margin: auto;" /> ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método de Bitterlich - .black[Estimativa do Volume por hectare] .font80[ - O volume por hectare é obtido usando os volumes e áreas transversais de cada árvore na unidade amostral. ] ] .pull-left-10[ .font80[**Estimativa do Volume por hectare** $$ \small `\begin{equation*} V = \sum_{i=1}^{m}V_i = \sum_{i=1}^{m}\left(\frac{FAB}{g_i}.v_i\right) \\~\\ V = \left(\frac{2}{0,0703}.0,7609 + ... + \frac{2}{0,1650}.2,5618\right) = \textbf{261,42}~\color{magenta}{m³.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ <br> **Em que:** `\(FAB\)` = Fator de Área Basal. `\(g_i\)` = Área transversal de cada árvore na unidade amostral, em m². `\(v_i\)` = Volume de cada árvore na unidade amostral, em m³. ] ] -- .pull-right-4[ <br><br> <img src="fig/class4/V.jpg" width="100%" style="display: block; margin: auto;" /> ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora .font80[ - **Origem**: Desenvolvido por Warren e Olsen (1964) e aperfeiçoado por Van Wagner (1968) - Nova Zelândia - **Objetivo**: 👉 **Ideia original**: Estimar o volume de .blue[resíduos lenhosos] de exploração florestal. 👉 **Recentemente**: Estimar a .blue[necromassa] (matéria orgânica morta). - **Unidade de amostra**: Linha de comprimento L e sem largura (ou largura infinitesimal) **Fonte**: Galvão Filho, 2010; Sanquetta et al. 2023 ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora - Princípio .font80[ 👉 Consite em dispor uma .blue[linha de tamanho L] pré-definido no .blue[piso florestal] e medir o .blue[diâmetro] de cada peça (resíduo) de material lenhoso .blue[interceptado] pela linha. Portanto, conhecidos os diâmetros das peças e o comprimento da linha é possível estimar o volume por hectare usando a fórmula: $$ \small `\begin{equation*} V = \frac{\pi^2}{8L}\left(\sum_{i=1}^{n}d_i^{2}\right) \end{equation*}` $$ **Em que:** `\(V\)` = estimativa do volume (m³.ha<sup>-1</sup>) `\(d_i\)` = diâmetro no ponto de interseção da i-ésima peça (cm) `\(L\)` = comprimento da linha (m) `\(\pi\)` = constante (3,14159) `\(\sum_{i=1}^{n}d_i^{2}\)` = **lê-se**: "soma de `\(d_i^{2}\)` para `\(i\)` variando de *1* até *n*" <br> **Fonte**: Galvão Filho, 2010; Sanquetta et al. 2023 ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora - .black[Procedimento de campo] .font80[ <br> ✔️ **1º Passo**: Estender uma linha de comprimento "L" conhecido sobre o chão da floresta, atravessando a área a ser inventariada; ✔️ **2º Passo**: Registrar o diâmetro de todas as peças (resíduos) no ponto de interseção com a linha (pré-definir diâmetro mínimo); ✔️ **3º Passo**: Se linha-amostra interceptar (tocar) a extremidade de uma peça, registre-o somente se o eixo central da peça for tocado; ✔️ **4º Passo**: Se a linha-amostra cruzar (tocar) exatamente na extremidade de uma peça registre apenas uma peça sim e a outra não; ✔️ **5º Passo**: Ignorar qualquer peça cujo eixo central coincidir com a linha amostra; e ✔️ **6º Passo**: Se a linha-amostra cruzar uma peça curvada mais do que uma vez, registre o diâmetro em cada cruzamento. **Fonte**: Galvão Filho, 2010 ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora - .black[Procedimento de campo] ] <br> <img src="fig/class4/LI1.jpg" width="60%" style="display: block; margin: auto;" /> --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora - .black[Procedimento de campo] ] <br> <img src="fig/class4/LI2.jpg" width="60%" style="display: block; margin: auto;" /> --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora - .black[Procedimento de campo] ] <br> <img src="fig/class4/LI3.jpg" width="60%" style="display: block; margin: auto;" /> --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora - .black[Procedimento de campo] ] <br> <img src="fig/class4/LI4.jpg" width="60%" style="display: block; margin: auto;" /> --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora - .black[Procedimento de campo] ] <br> <img src="fig/class4/LI5.jpg" width="60%" style="display: block; margin: auto;" /> --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora - .black[Sanquetta et al. (2023) - pg. 94] .font80[ - 👉 **Vamos praticar**: Na tabela a seguir estão os dados de um inventário de necromassa realizado em plantios mistos de restauração em Rondônia. São dados de apenas uma linha de comprimento L = 20 m. Os diâmetros (`\(d_i\)`) de troncos e galhos caídos no terreno foram medidos com fita métrica (cm). Além disso, o grau de decomposição de cada peça foi anotado. (**Grau 1**: baixo grau de decomposição; **Grau 2**: grau intermediário de decomposição; e **Grau 3**: alto grau de decomposição). Amostras em cada grau de decomposição foram retiradas para detreminação da densidade básica em laboratório. ] ] -- .pull-left-10[ <img src="fig/class4/LI-Tab.jpg" width="70%" style="display: block; margin: auto;" /> ] .pull-right-10[ .shadow3[ .font80[ **Então, pergunta-se:** - 1) Qual a estimativa do volume (V) por hectare de necromassa total e por grau de decomposição? - 2) Qual a estimativa da massa seca (W) por hectare de necromassa total e por grau de decomposição? ] ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora - .black[Sanquetta et al. (2023) - pg. 94] ] .pull-left-4[ <br><br> .font80[ 👉 **Fórmula (Método das Linhas Interceptadoras):** $$ \normalsize `\begin{equation*} V = \frac{\pi^2}{8L}\left(\sum_{i=1}^{n}d_i^{2}\right) \\~\\ \end{equation*}` $$ ] ] -- <br> .pull-right-4[ .font80[ 👉 **Estimativa do volume/hectare de necromassa (.blue[GD = 1]):** $$ \normalsize `\begin{equation*} V_1 = \frac{\pi^2}{8.(20)}\left(2^2 + 2,4^2 + 3,3^2\right) = \textbf{1,2738}~\color{magenta}{m^3.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ 👉 **Estimativa do volume/hectare de necromassa (.blue[GD = 2]):** $$ \normalsize `\begin{equation*} V_2 = \frac{\pi^2}{8.(20)}\left(3,2^2 + 3,7^2\right) = \textbf{1,4761}~\color{magenta}{m^3.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ 👉 **Estimativa do volume/hectare de necromassa (.blue[GD = 3]):** $$ \normalsize `\begin{equation*} V_3 = \frac{\pi^2}{8.(20)}\left(11,3^2\right) = \textbf{7,8766}~\color{magenta}{m^3.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ ] ] -- .pull-left-4[ .font80[ 👉 **Estimativa do volume/hectare de necromassa (.blue[Total]):** $$ \normalsize `\begin{equation*} V = \frac{\pi^2}{8.(20)}\left(2^2 + 2,4^2 + ... + 11,3^2\right) = \textbf{10,6265}~\color{magenta}{m^3.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ ] ] --- ## 🌳 Métodos de Amostragem .shadow1[ ### Método da Linha Interceptadora - .black[Sanquetta et al. (2023) - pg. 94] ] .pull-left-4[ <br><br> .font80[ 👉 **Fórmula (Necromassa):** $$ \normalsize `\begin{equation*} W = V.Db \end{equation*}` $$ **Em que:** `\(W\)` = Necromassa (Mg.ha<sup>-1</sup>) `\(V\)` = Volume (m³.ha<sup>-1</sup>) Db = Densidade básica da madeira (g.cm<sup>-3</sup>) ] ] -- <br> .pull-right-4[ .font80[ 👉 **Estimativa da massa seca (necromassa) (.blue[GD = 1]):** $$ \normalsize `\begin{equation*} W_1 = 1,2738.(0,46) = \textbf{0,5859}~\color{magenta}{Mg.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ 👉 **Estimativa da massa seca (necromassa) (.blue[GD = 2]):** $$ \normalsize `\begin{equation*} W_2 = 1,4761.(0,35) = \textbf{0,5166}~\color{magenta}{Mg.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ 👉 **Estimativa da massa seca (necromassa) (.blue[GD = 3]):** $$ \normalsize `\begin{equation*} W_3 = 7,8766.(0,24) = \textbf{1,8904}~\color{magenta}{Mg.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ 👉 **Estimativa da massa seca (necromassa) (.blue[Total]):** $$ \normalsize `\begin{equation*} W = 0,5859 + 0,5166 + 1,8904 = \textbf{2,9930}~\color{magenta}{Mg.ha^{-1}} \end{equation*}` $$ ] ] --- ## 📖 Referências <br><br> CAMPOS, J. C. C.; LEITE, H. G. **Mensuração florestal: perguntas e respostas**. 3ª ed. - Viçosa, MG: Ed. UFV, 2009. 548 p. <br><br> GALVÃO FILHO, A. F. **Avaliação da Aplicabilidade do Método de Amostragem por Linhas Interceptadoras na Quantificação de Resíduos de Exploração Florestal nas Condições de uma Floresta de Terra Firme na Amazônia Brasileira**. Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais), Universidade Federal Rural da Amazônia. Belém, p. 82. 2010. <br><br> PÉLLICO NETTO, S.; BRENA, D.A. **Inventário Florestal**. Curitiba: editorado pelos autores, 1997. 316p. <br><br> QUEIROZ, W. T. de. **Técnicas de amostragem em inventário florestal nos trópicos**. Belém: FCAP. Serviço de Documentação e Informação, 1998. 147 p. --- ## 📖 Referências <br><br> MACHADO, S. A.; FIGUEIREDO FILHO, A. **Dendrometria**. 2.ed. guarapuava: UNICENTRO, 2009. 316p. <br><br> SANQUETTA, C. R.; WATZLAWICK, L. F.; CORTE, A. P. D.; FERNANDES, L. A. V.; SIQUEIRA, J. D. P. **Inventários Florestais: planejamento e execução**. 2ª ed. Curitiba. 2009. 316p. <br><br> SANQUETTA, C. R.; CORTE, A. P. D.; RODRIGUES, A. L.; WATZLAWICK, L. F. **Inventários Florestais: planejamento e execução**. 4ª ed. - Revista e Ampliada. Curitiba, PR: Ed. dos Autores, 2023. 316p. <br><br> SCOLFORO, J. R. S.; MELLO, J. M. de. **Inventário Florestal**. Lavras: UFLA/FAEPE, 1997. 341 p. <br><br> SOARES, C. P. B.; PAULA NETO, F.; SOUZA, A. L.. **Dendrometria e inventário florestal**. 2ª ed. - Viçosa, MG: Ed. UFV, 2011. 272 p. --- layout: false name: etim class: inverse, middle, center background-image: url(fig/class0/sec.png) background-size: cover ## .font200[Obrigado!] <img src="fig/slide-title/LMFTCA.png" width="20%" style="display: block; margin: auto;" /> 👨🏻👩🏻👦🏻👦🏻 [@lmftca_ufpa](https://www.instagram.com/lmftca_ufpa/) 🌎 [https://www.lmftca.com.br/](https://www.lmftca.com.br/)